Liturgia na Bíblia
Cacique Tupinikim será entrevistado no Programa Por trás da Palavra deste Domingo

(Baseado na matéria do informativo "CMI na Rua", nº 5, publicado pelo Centro de Mídia Independente)
Descobrimento do Brasil e os Povos Indígenas
Até hoje a história oficial produzida e reproduzida nas escolas e nos meios de comunicação continua a chamar de "descobrimento" esse capítulo de uma história que começou milhões de anos antes. Descobrir, diz o dicionário, é achar pela primeira vez. Neste caso, foram os índios que descobriram o Brasil, pois seus ancestrais viviam aqui há mais de 40 mil anos. Por isso, a chegada dos portugueses e o processo de colonização deve ser considerado como invasão. Para os povos que viviam nestas terras, esta invasão é o princípio de uma história de dor e sofrimento.
O anseio de colonizadores em ocupar, escravizar e saquear as riquezas naturais do novo continente fez com que se implementasse uma política de extermínio e de escravização dos povos que aqui viviam. Desse modo, foram firmadas as bases da nação brasileira, dominando, pela força, as terras indígenas e suas riquezas naturais, exterminando muitos povos e submetendo outros a formas de viver que eram estranhas a eles.
(Texto extraido do texto-base da Campanha da Fraternidade de 2002: A Fraternidade e os Povo Indígenas pag. 20)
A Realidade dos Povos Indígenas no Brasil
Existem dois segmentos da população indígena: são os índios que vivem nas cidades e os povos considerados "ressurgidos ou emergentes".
Outro segmento da população indígena desassistido pelo governo brasileiro são os povos ressurgidos. São povos que foram forçados a manter no anonimato as suas identidades étnicas e culturais durante anos e até séculos, em conseqüência de violentos processos de perseguição e de discriminação. A conjuntura dos últimos anos tem possibilitado que esses povos reassumam suas identidades e reivindiquem a devolução de seus territórios tradicionais, cabendo ao Estado brasileiro demarcá-los, conforme determina a Constituição. Nos encontros, assembléias e momentos coletivos, os povos indígenas têm alertado para a necessidade de se assegurar aos índios que vivem nas cidades e aos povos ressurgidos os mesmos direitos consagrados na Constituição.
(Extraído do texto-base CF-2002: A Fraternidade e os Povos Indígenas pag. 31 e 32)
Curso sobre o Pentateuco - Os 5 primeiros Livros da Bíblia
Programa sobre os Povos Indígenas
O CEBI também está na rádio FM Líder
Páscoa: Festa da Transformação

O martírio de Jesus
Acompanhe esta reflexão do Pe. Francisco de Aquino Júnior, presbítero da diocese de Limoeiro do Norte - Ceará, publicada no site da ADITAL - Agência de notícias Frei Tito para a América Latina (www.adital.org.br) em 10-04-2006 com o título: "Os verdugos não tem a última Palavra - A esperança que vem do ressuscitado":
(...)
"Jesus de Nazaré, conduzido pelo Espírito, "passou fazendo o bem" (At 10, 38). Ao lermos as escrituras cristãs (Novo Testamento), somos imediatamente confrontados com a bondade e a misericórdia de Jesus para com os pobres, os órfãos, as viúvas e os estrangeiros. Ele aparece, antes de tudo, como uma pessoa boa, verdadeira, misericordiosa e justa: curou muitos doentes (cegos, surdos, coxos, leprosos...); libertou muitas pessoas do poder dos espíritos maus; acolheu "pecadores" (publicanos, prostituta, fariseus, samaritana...); sentou-se à mesa e comeu com pecadores e desprezados; denunciou autoridades religiosas e políticas; relativizou a lei e o templo; afrontou costumes e tradições que impediam a prática do bem e excluíam os pobres e fracos... E fez tudo isso em nome de Deus. Mais: reconheceu nessas práticas a ação mesma de Deus; a chegada de seu reinado.
Por causa disso foi condenado, crucificado e assassinado. Jesus não morreu. Foi assassinado. Sua morte não foi fruto do acaso ou do destino nem muito menos vontade de Deus (Deus não é sádico, não quer a morte de seu filho nem se alegra com ela) ou resultado de um espiritualismo maniqueísta (rejeição ou desprezo da matéria) ou masoquista (prazer em sofrer). Foi conseqüência de seu modo de vida, de sua prática. Vida/prática que representava uma ameaça para o poder político (Lc 23, 2) e religioso (Jo 11, 48) de seu tempo. Por isso ele foi eliminado. E tanto pelas autoridades políticas (as únicas que podiam condenar à morte de cruz) quanto pelas autoridades religiosas (tido por maldito Dt 21.23). Sua imagem e experiência de Deus, sua prática religiosa, enfim sua fé, estava em conflito com a das autoridades romanas e judaicas. Por isso o crucificaram.
Mas Deus o ressuscitou. A ressurreição de Jesus foi o grande sim de Deus a Jesus de Nazaré. Ele estava certo e fazia a vontade de Deus. É Deus mesmo quem o confirma ao ressuscitá-lo. Por sua bondade, misericórdia e justiça para com os pobres e injustiçados deste mundo revelou o rosto do Pai e se tornou mediador de sua presença (Lc 7, 17). Enquanto revelador e mediador de Deus, tornou-se um com Deus, participante da vida e da condição divina. Vive eternamente (Jo 17,3).
Ao mesmo tempo em que a ressurreição é a confirmação de Jesus por parte do Pai é fonte de alegria e de esperança para os pobres e para todas as vítimas deste mundo. Em primeiro lugar revela que Deus está do lado dos fracos, dos injustiçados, dos crucificados, como Jesus sempre esteve. Não é, como muitas vezes se pensa, o Deus dos poderosos, o Deus que está do lado dos que se "dão bem" na vida. Em segundo lugar revela que os verdugos não têm a última palavra: Deus faz justiça a um crucificado. A vida (mesmo que curta e sofrida) é mais forte que a morte e Deus é Deus da vida e da justiça - dá vida e justifica seu filho crucificado. Em terceiro lugar porque revela definitivamente que o caminho de acesso ao Pai é a prática do bem, da misericórdia, da justiça aos crucificados deste mundo. Quem quer estar em comunhão com Deus deve viver e agir com Jesus viveu e agiu. Deve "passar fazendo o bem". Esse é o caminho para Deus. E quem vive assim, vive já, aqui e agora, em Deus. Vive como ressuscitado.
[A páscoa] (...) é um tempo privilegiado para animar a comunidade cristã a viver como Jesus viveu, não obstante as dificuldades, os conflitos, as perseguições e, assim, viver como ressuscitada - sendo sinal da bondade, da misericórdia e da justiça de Deus neste mundo.
Isso é o mais fundamental: viver ressuscitadamente desde agora - naquela radical comunhão com Deus que nem a morte destrói. Desafio e tarefa cotidianos. Das coisas mais simples às mais complexas. Das relações familiares e interpessoais às relações sociais e institucionais. Dos sentimentos e pensamentos às ações. Do privado ao púbico. Do namoro à política... Enfim, a vida toda vivida com Jesus viveu. Afinal "quem diz que permanece com ele deve agir como ele agiu" (1Jo 2, ).
Assim (...) a páscoa será mais que um evento do passado ou uma boa temporada para o comércio de chocolate. (...) será um tempo fecundo de animação da fé - como um jeito de viver a vida. A páscoa será a atual vitória - ainda que limitada, crucificada... - sobre o pecado que oprime e mata.
E essa é certamente a grande boa notícia que os cristãos temos (devemos!) a dar ao mundo: testemunhar com nossa própria vida que os verdugos não têm a última palavra e que a vida é mais forte que a morte. O que só é possível sendo pessoas boas e assumindo, como Jesus, a Causa das vítimas dos verdugos deste mundo: pobres, doentes, idosos, sem terra, sem teto, pescadores, encarcerados, portadores de deficiência, negros, mulheres, empregadas domesticas..."
Feliz Páscoa!!!
Agradecimento

Queremos agradecer todos os que postaram seus comentários neste blog.
Estes são muito importantes para a avaliação dos trabalhos desenvolvidos pelo CEBI-ES, principalmente os mais recentes como o Programa "A Palavra na Vida" na rádio América e este blog na Internet. Continuem comentando e dando sugestões! O e-mail do CEBI-ES é:
Programa "A Palavra na Vida" aborda o tema do Martírio

O Programa "A Palavra na Vida" produzido e apresentado pelo CEBI-ES na Rádio América (AM 690kHz) abordou o tema: Os Mártires de Ontem e de Hoje. No quadro "O Chão da Vida" foi entrevistada Joana Penha de Souza da Paróquia Jesus Libertador (Município de Cariacica-ES) que falou das lutas, dos sonhos e do trabalho de Pe. Gabriel Maire, assassinado em 1989.
No quadro "Iluminando a Vida" foi feita uma reflexão do texto do Evangelho segundo João capítulo 12, versículos de 20 a 29. O próximo programa será sobre a Páscoa.
Conhecendo Melhor a Bíblia

Cursos do CEBI oferecidos na Sala

Assessorias do CEBI-ES nas Paróquias em Abril
Dia 08:
- Paróquia N. Senhora da Vitória (Catedral) a partir das 14h com o tema: Conhecendo Melhor a Bíblia e o Método de Leitura;
- Paróquia S. Pedro (Muquiçaba) Setor Amarelos a partir das 13h com o tema: As Primeiras Comunidades Cristãs;
Dia 09:
- Paróquia S. Pedro (Muquiçaba) Setor Muquiçaba a partir das 8h com o tema: As Primeiras Comunidades Cristãs;
Dia 29:
- Paróquia Divino Espírito Santo (Santa Leopoldina) a partir das 8h com o tema: Liturgia na Bíblia;
- Quase Paróquia de Santa Maria de Jetibá a partir das 12:30h com o tema: As primeiras comunidades Cristãs;
- Paróquia S. Pedro (Vila Rubim) a partir das 14h com o tema: o Livro de Rute.